Na última sexta-feira, a @uoloficial divulgou uma reportagem ‘O que a farmácia sabe sobre mim’, que relata uma pesquisa feita junto às farmácias para saber o porquê da exigência do CPF para venda de produtos.
Que as farmácias registram o CPF do consumidor com o objetivo de perfilização não é novidade, mas qual é o resultado disso? A repórter responsável pela matéria solicitou à RaiaDrogasil – maior rede de farmácias do Brasil – uma cópia de todos os seus dados pessoais, e obteve um total de 39 páginas (sim!) cheinhas de informações a seu respeito, como histórico de saúde, comportamento sexual, histórico de doenças, compras, receitas médicas e etc.
Descobriu também que a rede de farmácias armazena mais de 15 anos de registros individuais, de 48 milhões de clientes, e que tais dados são utilizados por uma empresa da mesma rede para ganhar dinheiro com anúncios publicitários segmentados – ou seja, comercialização de dados pessoais e dados pessoais sensíveis com o objetivo de obter vantagem econômica (alô, @anpdgovbr ).
Um anunciante, por exemplo, quer direcionar uma campanha de marketing para mulheres que fazem o uso de antidepressivo, contrata esse braço da Droga Raia, essa empresa seleciona todas as mulheres que tomam antidepressivo, e direciona propagandas para essas pessoas.
⚠️Dados de saúde, são dados sigilosos. Não é à toa que são classificados como sensíveis;
⚠️Na maioria das vezes, os descontos “concedidos” em razão da obtenção do CPF, são descontos fictícios;
⚠️É necessária uma mudança na cultura da população em relação à proteção dos seus dados pessoais. Questione SEMPRE;
⚠️ É possível solicitar à farmácia o acesso a todos os dados pessoais, como também a exclusão dos mesmos, você como titular de dados possui esse direito;
⚠️ 97% das farmácias coletam CPF em troca de dados. Não é porque todas fazem que precisa continuar sendo dessa forma;
⚠️ Seus próprios dados podem ser utilizados para manipular seu comportamento.
Quem quiser ter acesso à reportagem, me chama aqui.